Crise no PL Pernambuco se agrava após Anderson Ferreira faltar a ato pró-Bolsonaro
Crise no PL Pernambuco se aprofunda após Anderson Ferreira faltar a ato pró-Bolsonaro no Recife. Presidente do partido divulgou nota sem citar Bolsonaro ou Moraes

A crise interna no PL Pernambuco ganhou um novo capítulo após a ausência do presidente estadual do partido, Anderson Ferreira, na manifestação pró-Bolsonaro realizada neste domingo (3) no Recife.
Enquanto apoiadores de Jair Bolsonaro foram às ruas em várias cidades do país, incluindo a capital pernambucana, Anderson Ferreira optou por não comparecer ao ato na avenida Boa Viagem.
A ausência, embora esperada nos bastidores, foi percebida por integrantes da direita local como um sinal claro do distanciamento entre lideranças do PL Pernambuco.
Anderson disputa internamente com o ex-ministro Gilson Machado o controle da sigla e uma possível candidatura ao Senado em 2026. O embate entre os dois tem provocado divisão dentro do diretório estadual, dificultando uma articulação unificada do partido no estado.
Nota de Anderson evita citar Bolsonaro, Gilson ou Moraes
Na manhã desta segunda-feira (4), Anderson Ferreira divulgou uma nota avaliando positivamente os protestos da direita, mas sem justificar a própria ausência no evento do Recife.
Também não mencionou Jair Bolsonaro, nem o ministro Alexandre de Moraes, principal alvo das críticas bolsonaristas durante os atos.
Segundo ele, as manifestações mostraram que “a direita está mobilizada e se organizando para enfrentar os desafios que virão”. No entanto, fez questão de diferenciar os manifestantes de eventuais oportunistas, afirmando:
“Não devemos confundir o legítimo direito dos direitistas e bolsonaristas de se manifestarem com a ação de aproveitadores da direita.”
Críticas à esquerda e defesa de um “caminho responsável”
Anderson ainda criticou a postura da esquerda, que classificou como “inconsequente e perigosa”, e disse que os manifestantes buscam um caminho “lúcido, responsável e que traga respostas objetivas para reconstruir um país equilibrado, justo e, sobretudo, estável”.
Ele finalizou a nota com a frase:
“Para mim, só há uma bandeira: a do Brasil.”
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