Humberto Costa rebate pedidos de anistia: "Chega de crime, chega de golpe!"
Humberto Costa reage aos protestos pela anistia de aliados de Bolsonaro e afirma: "Chega de crime, chega de golpe!". Saiba o que está por trás do pacote da oposição

O senador Humberto Costa criticou duramente os pedidos de anistia feitos por aliados de Jair Bolsonaro durante protestos no Congresso nesta terça-feira (5). A declaração veio em meio à crescente tensão política provocada pela prisão domiciliar do ex-presidente.
“Chega de crime, chega de golpe! O Brasil precisa trabalhar em defesa do seu povo e não de um pequeno grupo de pessoas que não quer perder os seus privilégios e faz de tudo para se manter no poder”, disse o senador petista.
Protesto da oposição esquenta clima no Congresso
Parlamentares da oposição realizaram protestos nesta terça em resposta à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro por violar medidas cautelares.
O grupo, que inclui deputados e senadores do PL e partidos aliados, fez manifestações no plenário da Câmara com esparadrapos na boca e anunciou um plano de obstrução das atividades legislativas.
As principais medidas do grupo bolsonarista
O chamado "pacote da paz", liderado por Flávio Bolsonaro, inclui:
- Aprovação de anistia ampla e irrestrita aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023;
- Proposta de fim do foro privilegiado para parlamentares;
- Defesa do impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Flávio afirmou que, caso o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes, assuma interinamente o comando da Casa, a pauta da anistia será colocada em votação, independentemente da decisão do atual presidente Hugo Motta.
Humberto Costa reage e critica privilégios
A fala de Humberto Costa reforça a posição contrária do PT aos atos da oposição. Para o senador, os protestos não representam o povo, mas sim interesses elitistas:
“Não podemos aceitar que um grupo minúsculo tente sequestrar a democracia em nome de privilégios”, afirmou.
Prisão de Bolsonaro reacende embates
A decisão do ministro Alexandre de Moraes de converter as medidas cautelares em prisão domiciliar foi motivada pela acusação de que Bolsonaro utilizou perfis de terceiros para burlar o bloqueio das redes sociais.
Além disso, ele teria participado virtualmente de atos que pediam sanções contra o Brasil e atacavam o STF.
Restrições impostas a Bolsonaro
- Proibição de visitas (exceto advogados e autorizados pelo STF);
- Proibição de celulares e redes sociais;
- Proibição de contato com embaixadores;
- Descumprimento pode levar à prisão preventiva.
Análise do foro privilegiado também está na mira
A oposição também voltou a pressionar pela aprovação de uma PEC que acaba com o foro privilegiado em crimes comuns, paralisada desde 2018. A proposta já passou no Senado, mas aguarda votação na Câmara.
O senador Rogério Marinho afirmou que a recente decisão do STF ampliou o alcance do foro privilegiado justamente para manter Bolsonaro sob julgamento na Suprema Corte.
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