PMs presos por extorquir comerciantes: veja detalhes da atuação da milícia
PMs presos por extorquir comerciantes em Abreu e Lima teriam participado de esquema de milícia armado

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou a prisão preventiva de seis policiais militares, incluindo um reformado e ex-vereador da cidade. A decisão foi tomada após recurso do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que havia sido negado em instância anterior.
Segundo os desembargadores, as extorsões continuaram mesmo após a primeira prisão temporária dos acusados, o que motivou a nova ordem judicial como forma de proteger a população.
Como funcionava o esquema dos PMs presos por extorquir comerciantes
As investigações do Grupo de Operações Especiais (GOE) revelaram que os acusados cobravam semanalmente entre R$ 40 e R$ 50 de comerciantes da região, sob ameaça de saque e violência.
Detalhes do funcionamento da milícia:
- Cobravam “taxas de proteção” semanais
- Ameaçavam comerciantes que se recusavam a pagar
- Usavam armas e fardas para intimidar
- Continuaram atuando mesmo após a primeira operação da Polícia Civil
A atuação criminosa teria mais de 10 anos de duração em Abreu e Lima, segundo as denúncias.
Policial da reserva e ex-vereador seria o líder do grupo
O principal acusado é Rostand Cavalcanti Belém, ex-vereador e policial militar da reserva. Segundo o GOE, ele comandava a operação e recebia pessoalmente os valores recolhidos dos comerciantes.
Rostand também responde por denúncias de “rachadinha” na Câmara de Vereadores de Abreu e Lima, entre os anos de 2013 e 2020, quando exerceu o cargo parlamentar.
Outros PMs também são acusados de patrulhamento armado para extorsão
Além de Rostand, outros cinco policiais da ativa foram presos entre os dias 11 e 14 de julho. De acordo com o MPPE, eles realizavam patrulhamento armado e ameaçavam moradores sob o pretexto de oferecer segurança.
Eles estão atualmente recolhidos no Centro de Reeducação da PMPE.
Defesa do principal acusado não foi localizada
Até o momento, a defesa de Rostand Cavalcanti Belém não se pronunciou. O espaço segue aberto para manifestação.
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