Locação Social no Recife: Prefeitura vai pagar até R$ 600 de aluguel para famílias de baixa renda
Prefeitura do Recife lança novo programa de locação social e oferece até R$ 600 para famílias de baixa renda pagarem o aluguel

A Prefeitura do Recife deu início a uma nova etapa do programa de locação social, agora chamado ‘Tô em Casa’. A iniciativa prevê o pagamento de até R$ 600 para custear parte do aluguel de famílias de baixa renda, com prioridade para mulheres chefes de família, vítimas de violência e pessoas com deficiência. Os cadastros já estão abertos e contemplam imóveis com aluguel de até R$ 1.000.
O que é a locação social e por que ela é importante?
A locação social é uma política pública voltada para famílias que enfrentam dificuldades em pagar o aluguel com a própria renda. No Recife, a situação é crítica: mais de 46 mil domicílios vivem o chamado ônus excessivo, quando o aluguel consome mais de 30% do rendimento familiar.
Para tentar reverter esse cenário, a Prefeitura relançou o programa de locação social, agora batizado de ‘Tô em Casa’, com previsão de atender até 1.200 famílias pelos próximos quatro anos.
Quem pode se inscrever no programa de locação social
O benefício da locação social é destinado a famílias que:
- Moram no Recife há pelo menos dois anos;
- Têm renda familiar de até três salários mínimos;
- Estão inscritas no Cadastro Único (CadÚnico);
- Não participam de outros programas habitacionais.
Grupos prioritários incluem:
- Mulheres chefes de família;
- Vítimas de violência doméstica;
- Pessoas com deficiência.
Quanto a Prefeitura do Recife vai pagar do aluguel?
O programa cobre até R$ 600 do valor do aluguel mensal, que pode ser de no máximo R$ 1.000 (incluindo condomínio). O restante será pago pela própria família, proporcional à renda:
- Famílias com renda próxima de 1 salário mínimo pagarão 15% da renda;
- Famílias com até 3 salários mínimos pagarão 25% da renda.
A fórmula do valor do voucher é dinâmica e poderá ser ajustada ao longo do tempo, de acordo com mudanças na renda familiar.
Como fazer o cadastro para receber o auxílio aluguel?
O pré-cadastro deve ser feito através da plataforma Conecta Recife. Também será possível cadastrar os imóveis onde os beneficiários pretendem morar.
Para quem tem dificuldades digitais, o atendimento será feito presencialmente em:
- Unidades do CRAS;
- Postos do Compaz.
Quais imóveis podem ser usados na locação social?
A Prefeitura ainda não possui um banco de imóveis pronto. A ideia é formar um cadastro com base no perfil das famílias inscritas. Imóveis com aluguel de até R$ 1.000 poderão ser incluídos por proprietários ou indicados pelos próprios beneficiários.
Requisitos do imóvel:
- Estar localizado dentro do Recife;
- Ter condições mínimas de habitabilidade;
- Não estar em áreas de risco ambiental.
Bairros com maior chance de encontrar imóveis compatíveis
Segundo a Prefeitura, a Zona Oeste do Recife concentra a maior oferta de imóveis dentro dos critérios do programa. Entre os bairros com melhores condições estão:
- Afogados
- Bongi
- Curado
- Iputinga
- Coqueiral
- Barro
- Engenho do Meio
- Torrões
Vantagens para donos de imóveis
Para atrair mais imóveis ao programa de locação social, a Prefeitura oferece um incentivo importante: seguro garantia de até três meses no valor máximo do voucher. Isso reduz o risco de inadimplência para os locadores.
Qual o custo do programa de locação social para os cofres públicos?
O orçamento do programa ‘Tô em Casa’ é de R$ 2 milhões para o primeiro ano. Os recursos vêm de verba própria e de empréstimos firmados pela Prefeitura do Recife.
A meta da gestão é reduzir o comprometimento com aluguel de 30% para no máximo 25% da renda familiar, ampliando o acesso à moradia digna.
O que diferencia esse programa da PPP Morar no Centro?
O ‘Tô em Casa’ não deve ser confundido com a PPP Morar no Centro, projeto ainda em fase de planejamento, que pretende reformar e construir imóveis na área central do Recife para locação subsidiada.
Enquanto a PPP foca no Centro da cidade, o programa de locação social está disponível para imóveis em todas as regiões do Recife, inclusive em áreas do mercado informal.
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