O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o governo federal deve avaliar a possibilidade de pena de morte para autores de feminicídio. A declaração foi dada em entrevista à CNN Brasil e ocorre em meio à repercussão de casos recentes de violência contra mulheres em todo o país.

Silvio Costa Filho defende debate sobre pena de morte

Durante a entrevista, Silvio Costa Filho destacou que episódios recentes de agressão e assassinato de mulheres reforçariam a necessidade de discutir medidas mais duras no combate ao feminicídio. Segundo ele, o tema precisa ser analisado pelo governo federal como resposta à gravidade dos crimes.

“Semana retrasada eu vi um cidadão que matou a esposa na frente dos filhos. Um cidadão desse não tem jeito. O Brasil precisa avaliar até a pena de morte para esse tipo de indivíduo, porque o cara que tira uma vida de uma mulher, de uma mãe de família, não merece estar entre nós”, declarou o ministro.

Feminicídio e a necessidade de ações mais firmes

Silvio Costa Filho também ressaltou que o Brasil precisa promover uma grande campanha nacional de enfrentamento ao feminicídio. De acordo com o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está trabalhando nesse sentido.

"Não tem sentido, quatro mulheres diariamente no nosso país são assassinadas vítimas de feminicídio. No ano de 2024, quase 1.500 mulheres perderam as suas vidas vítimas de feminicídio."

O ministro afirmou ainda que é necessário ampliar o debate sobre segurança pública, envolvendo o governo federal e a centro-esquerda brasileira, com foco em tipificações mais rigorosas e leis mais duras.

“E esse debate o presidente Lula já está fazendo internamente e nós queremos ampliar cada vez mais essa discussão nos estados e nos municípios”, destacou.

Campanha contra o feminicídio nos aeroportos

Na última segunda-feira (22), Silvio Costa Filho lançou a campanha “Assédio Não Decola, Feminicídio Também Não”. A iniciativa está sendo veiculada nos aeroportos do país e integra as ações do governo federal de combate à violência contra as mulheres, com foco também na proteção no setor aéreo.

A apresentação da campanha aconteceu no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A ação marca o início da divulgação de peças voltadas à conscientização, prevenção, orientação e informação, envolvendo tanto profissionais da aviação quanto o público em geral.