Pedro Campos age como escudo humano e ajuda presidente da Câmara a retomar cadeira
Deputado pernambucano aparece em vídeo protegendo Hugo Motta durante invasão bolsonarista

O deputado federal Pedro Campos (PSB-PE) teve papel central em um dos momentos mais tensos da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (6).
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o parlamentar ajudando o presidente da Casa, Hugo Motta, a chegar até a Mesa Diretora, ocupada por bolsonaristas.
A cena, marcada por empurra-empurra e resistência da oposição, viralizou após mostrar Pedro Campos funcionando como escudo humano, abrindo caminho e protegendo Motta da multidão.
O vídeo que colocou Pedro Campos no centro da confusão
Em um trecho da gravação, Hugo Motta quase desiste de se aproximar da cadeira de presidente. É nesse instante que Pedro Campos o puxa com firmeza, encorajando-o a seguir adiante. A atitude do pernambucano foi decisiva para que a sessão pudesse ser iniciada.
▶️ Veja o vídeo abaixo:
Bolsonaristas ocuparam a Mesa em protesto
O tumulto foi causado por parlamentares da oposição que se recusavam a desocupar a Mesa Diretora da Câmara. Eles exigiam que Hugo Motta pautasse a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, além do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
A ocupação começou na terça-feira (5) e se estendeu até o início da noite de quarta. Motta precisou de ajuda para se sentar e chegou a acionar a Polícia Legislativa.
Fala de Hugo Motta marcou defesa da democracia
Durante seu discurso, já com o apoio de Pedro Campos e sob forte tensão no plenário, Hugo Motta declarou:
“Nem me distanciarei da firmeza necessária para presidir essa Casa em tempos tão desafiadores. Senhores e senhoras, não esperem nunca omissão para decidir sobre qualquer tema.”
Ele também afirmou que sua presença visava garantir respeito à Mesa Diretora e o fortalecimento da Câmara. O presidente classificou o momento como incomum, mas reforçou a importância de não negociar a democracia.
Câmara endurece contra atos de obstrução
Diante da ocupação, a Presidência da Câmara editou um ato determinando que a sessão deliberativa ocorresse às 20h30 da quarta-feira, mesmo com a resistência de parte da oposição.
O documento também estabeleceu que parlamentares que tentarem impedir os trabalhos legislativos poderão ser suspensos por até seis meses, conforme o regimento interno.
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