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Ribeirão,28/12/2025

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Turistas de Mato Grosso são agredidos em Porto de Galinhas

Turistas de Mato Grosso relatam agressões em Porto de Galinhas após cobrança inesperada por cadeiras de praia e detalham atendimento médico


Turistas de Mato Grosso são agredidos em Porto de Galinhas Foto: Reprodução

Um casal de turistas do Mato Grosso relatou ter sido vítima de agressões na praia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco, depois de se recusar a pagar um valor maior pelo uso de cadeiras de praia. Segundo o relato, a cobrança teria aumentado de R$ 50 para R$ 80 sem aviso prévio.

O episódio ocorreu na tarde do sábado (27), e um dos turistas precisou de atendimento médico.

Como começou a confusão com os turistas em Porto de Galinhas

Os empresários Johnny Andrade e Cleiton Zanatta contaram que estavam de férias e chegaram à praia por volta das 10h. De acordo com Johnny, um barraqueiro explicou que o valor de R$ 50 seria cobrado caso não houvesse consumo de petiscos.

"Ainda descendo próximo das barracas, um cara já veio e abordou a gente querendo oferecer o serviço dele. Ele ofereceu o valor das cadeiras por R$ 50 e disse que se a gente consumisse os petiscos dele, a gente não ia pagar o valor das cadeiras e da barraca. (...) Era umas quatro horas da tarde quando a gente pediu a nossa conta. Aí ele falou: 'eu vi que vocês não consumiram o petisco, então agora eu vou cobrar R$ 80 da cadeira de vocês'", contou.

Mudança de valor e início das agressões

Ao se recusarem a pagar os R$ 80, Johnny afirmou que questionou a alteração do valor, já que o combinado inicialmente havia sido outro. Segundo ele, durante o tempo em que ficaram na barraca, o casal consumiu duas águas de coco.

"Eu falei: 'cara, isso você não explicou para a gente. Até então você tinha cobrado R$ 50, agora quer cobrar R$ 80. Não, não vou te pagar R$ 80, vou te cobrar o valor que a gente realmente havia combinado'. (...) Aí nisso ele já pegou uma cadeira e arremessou na minha cara. Eu me defendi com o braço, mas quando eu vi, já tinha caído no chão e aí juntou outros barraqueiros", relatou.

Relato aponta participação de várias pessoas

Johnny afirmou que cerca de 15 a 20 pessoas participaram das agressões. Ele também disse acreditar que o fato de estar com o companheiro, formando um casal gay, pode ter influenciado no ataque.

"Tinha aproximadamente uns 15 a 20 barraqueiros me batendo. Cleiton, meu companheiro, estava próximo e pediu para eles pararem com aquela agressão e saiu correndo para o outro lado para pedir ajuda. Eu acredito também que foi algo homofóbico também porque eles perceberam que nós somos um casal gay", disse.

Atendimento médico após o episódio

Com apoio de guarda-vidas civis, o casal foi retirado da praia e levado à Delegacia de Porto de Galinhas. Antes de registrar o boletim de ocorrência, Johnny e o companheiro precisaram buscar atendimento médico, utilizando transporte por aplicativo, já que não houve oferta de ambulância.

"O salva-vidas levou a gente para a delegacia e pediu para a gente descer. Aí o escrivão só nos ouviu. A gente contou o que tinha acontecido e como a gente estava machucado, eles falaram: 'olha, vocês precisam ir para o hospital, mas a gente não consegue levar vocês para o hospital'. A gente pediu um Uber e foi para o hospital de Porto, aí de Porto de Galinhas", contou.

Na unidade de saúde local, o médico indicou a necessidade de exames de imagem, mas informou que o equipamento não estava disponível, sendo necessário o deslocamento até o hospital de Ipojuca.

"O médico já veio fazer o atendimento, me medicou e me falou: 'olha, você está todo machucado. Eu acredito que você tenha que fazer um Raio-X, mas a gente aqui em Porto de Galinhas não tem equipamento, vocês vão ter que fazer em Ipojuca'. E aí eles não têm ambulância na cidade e nós tivemos que pegar o Uber e ir para Ipojuca", detalhou.

Exames, retorno à delegacia e investigação

Johnny informou que saiu do hospital de Ipojuca por volta das 22h e voltou, novamente por transporte por aplicativo, à delegacia. Ainda no hospital, um policial entregou os pertences do casal, que haviam ficado na praia, além dos dados de pagamento da barraca.

"Quando a gente estava no hospital, chegou um policial e trouxe nossos pertences. Ele trouxe também o Pix da dona da barraca, que ela exige que a gente pagasse, e aí a gente fez o Pix", contou.

Após a realização dos exames, que não apontaram fraturas, Johnny foi medicado e liberado para continuar o tratamento em casa.

"A gente fez o exame de de Raio-X, fizemos na em toda face, toda a lateral do meu corpo, porque está todo dolorido, porque eu levei vários pontapés. Aí a médica pegou o o Raio-X, olhou e falou: 'não quebrou nada, está tudo ok, aparentemente', ela olhou os exames, passou os medicamentos e liberou. Mas o meu rosto está todo danificado. Se a gente não conseguisse escapar deles [agressores], eles iriam matar a gente. Eu vi a morte na nossa frente", disse.

O que diz a Polícia Civil

Em nota, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco informou que, quando as equipes de segurança chegaram ao local, a situação já estava controlada. As vítimas foram socorridas por guarda-vidas civis da gestão municipal e encaminhadas para atendimento médico.
























Segundo a SDS, a investigação por lesão corporal está sendo tratada como prioridade pela Polícia Civil, com o objetivo de identificar e responsabilizar todos os envolvidos.




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