Hugo Motta propõe afastamento de cinco deputados após motim no Congresso; veja lista
Hugo Motta indica afastamento de cinco deputados por até seis meses após motim que paralisou a Câmara. Saiba quem são e os detalhes da decisão

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que vai indicar o afastamento, por até seis meses, de cinco deputados envolvidos no motim que interrompeu os trabalhos do Congresso Nacional nesta semana.
A lista inclui:
- Marcos Pollon (PL-MS)
- Zé Trovão (PL-SC)
- Júlia Zanatta (PL-SC)
- Marcel van Hattem (Novo-RS)
- Camila Jara (PT-MS)
A decisão ainda será analisada pelo Conselho de Ética, que deve se reunir nos próximos dias.
O que motivou a medida
Segundo Hugo Motta, a punição foi motivada pela ocupação das Mesas da Câmara e do Senado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O grupo exigia:
- Anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro
- Fim do foro privilegiado
- Impeachment do ministro Alexandre de Moraes
O movimento paralisou os trabalhos legislativos por mais de 30 horas.
O caso de Camila Jara
A deputada Camila Jara foi acusada por Nikolas Ferreira (PL-MG) de empurrá-lo durante a confusão. O PL afirma que o golpe causou dor intensa, derrubando o parlamentar no chão.
A assessoria de Jara nega agressão e diz que houve apenas um “empurra-empurra” para retomar o controle do plenário.
Outras acusações e reações
- Marcos Pollon teria sido o último a deixar a cadeira da presidência da Câmara, após chamar Hugo Motta de “bosta” e “baixinho de 1,60m”, apesar de o presidente ter 1,80m.
- Segundo partidos de esquerda, Zé Trovão tentou impedir fisicamente que Motta retornasse à Mesa Diretora.
Representações contra outros parlamentares, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também devem chegar ao Conselho de Ética nos próximos dias.
Expectativa para os próximos passos
A previsão é que o Conselho de Ética tenha uma semana intensa, analisando as representações que surgiram após o motim e outras já protocoladas. Ao todo, mais de 20 pedidos podem chegar ao colegiado.
A tensão no Congresso aumentou após a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, determinada por Alexandre de Moraes.
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