Dino reage a ameaças dos EUA contra Moraes e manda recado sobre soberania brasileira
Flávio Dino reage a ameaças dos EUA contra Alexandre de Moraes e afirma que embaixadas não devem “monitorar” decisões de magistrados brasileiros

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez duras declarações nesta sexta-feira (8) após postagens do governo dos Estados Unidos com ameaças ao colega Alexandre de Moraes e a seus “aliados”.
Dino afirmou que não cabe a embaixadas estrangeiras “avisar” ou “monitorar” decisões de magistrados brasileiros.
Contexto das ameaças contra Moraes
A tensão cresceu depois que o governo Trump afirmou estar “monitorando de perto” as ações de Moraes.
O ministro foi sancionado nos EUA pela Lei Magnitsky, sob acusações de censurar cidadãos, inclusive norte-americanos, e de supostamente perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A mensagem foi traduzida e repostada pela Embaixada dos EUA no Brasil, gerando incômodo nas autoridades brasileiras.
Recado de Dino à embaixada
Em publicação nas redes sociais, Dino destacou:
“À luz do Direito Internacional, não se inclui nas atribuições da embaixada de nenhum país estrangeiro ‘avisar’ ou ‘monitorar’ o que um magistrado do Supremo Tribunal Federal, ou de qualquer outro Tribunal brasileiro, deve fazer.”
O ministro também reforçou a importância de preservar as relações entre os dois países.
“Respeito à soberania nacional, moderação, bom senso e boa educação são requisitos fundamentais na Diplomacia. Espero que volte a imperar o diálogo e as relações amistosas entre Nações historicamente parceiras.”
Defesa da soberania nacional
Com o episódio, Dino reforça a defesa da independência do Judiciário brasileiro e a necessidade de evitar interferências externas.
Segundo ele, o caminho ideal é a retomada de um diálogo respeitoso, preservando vínculos comerciais, culturais e institucionais que historicamente aproximam Brasil e Estados Unidos.
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