PL vira o jogo na Alepe e pode barrar avanço da CPI contra governo Raquel Lyra
PL articula nos bastidores da Alepe e pode barrar CPI contra Raquel Lyra. Comissão investigaria contrato de R$ 1,2 bilhão em publicidade
Foto: Divulgação A bancada do PL na Assembleia Legislativa de Pernambuco está em plena articulação para esvaziar a CPI que mira um contrato bilionário de publicidade do governo Raquel Lyra.
O movimento acontece mesmo após três dos cinco deputados da sigla terem assinado o pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito.
PL articula para assumir controle da CPI
A CPI foi protocolada com o apoio de 19 dos 49 deputados da Alepe. O objetivo é investigar um contrato de R$ 1,2 bilhão firmado pelo governo estadual, com validade de dez anos, para ações publicitárias.
A abertura oficial da comissão foi publicada em edição extra do Diário Oficial, e a formação deve ocorrer em até dez dias, com indicações feitas pelos líderes partidários.
Mudança de postura entre aliados do PL
Apesar de inicialmente apoiarem a CPI, Abimael Santos e Joel da Harpa, ambos do PL, teriam voltado atrás após articulação do Palácio do Campo das Princesas.
Agora, ao lado de Renato Antunes, que se apresentava como independente, mas se aproxima cada vez mais do Executivo, e de Nino de Enoque, que deve reassumir a liderança da bancada, o grupo isola o deputado Alberto Feitosa, único que mantém alinhamento com a oposição.
Com isso, o PL deixa de ser um trunfo oposicionista e passa a atuar como fiador da governadora Raquel Lyra (PSD) na comissão.
Composição da CPI está em jogo
Sem os votos do PL, a CPI empata:
- 4 votos pró-oposição
- 4 votos pró-governo
De acordo com o Blog Cenário, o blocão governista (PP, PSDB, PRD, MDB, Solidariedade, PT, PV e PCdoB) reúne 24 deputados e garantirá quatro cadeiras.
Já a oposição (PSB, Republicanos e PSOL), com 15 deputados, terá três vagas.
O União Brasil, com cinco parlamentares majoritariamente contrários ao governo, deve ficar com a vaga restante.
Aposta no reforço político
O novo cenário aumenta a responsabilidade da governadora, que prometeu reforçar sua base política e manter o controle da comissão. A possível mudança de maioria na CPI pode blindar o governo de uma investigação mais incisiva sobre os R$ 1,2 bilhão em publicidade.
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