Cadáver é deixado em pé fora do túmulo e caso causa revolta no Cabo de Santo Agostinho
Imagens do corpo apoiado na parede do cemitério viralizaram nas redes sociais. Prefeitura fala em “ato de vandalismo” e afasta coveiro.

De acordo com informações apuradas pelo Diario de Pernambuco, o corpo estava há três anos em uma gaveta rotativa, cujo tempo regular de permanência é de dois anos.
Normalmente, após esse prazo, os restos mortais são retirados e entregues à família.
No entanto, o cadáver ainda não havia se decomposto completamente, o que já havia impedido a remoção no ano passado.
Na última terça (15), ao ser feita uma nova avaliação, o coveiro retirou o corpo da gaveta de forma indevida e o posicionou em pé, provocando indignação.
Prefeitura do Cabo afasta coveiro e promete apuração rigorosa
Em nota oficial, a Prefeitura do Cabo classificou o ocorrido como um “ato de vandalismo” e informou o afastamento imediato do servidor concursado.
Além dele, outros funcionários que atuavam no cemitério no momento também foram afastados.
Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi instaurado para apurar responsabilidades.
“A administração municipal reitera total repúdio a este tipo de ação e tomará todas as medidas cabíveis para punição dos responsáveis”, declarou o secretário Raimundo Souza.
A gestão também confirmou que o corpo foi devolvido à gaveta, onde permanecerá por mais dois anos até uma nova análise.
Caso pode configurar crime de vilipêndio a cadáver
Apesar da gravidade do caso, a Polícia Civil de Pernambuco ainda não confirmou se abrirá investigação.
O episódio pode ser enquadrado no artigo 212 do Código Penal, que trata do crime de vilipêndio a cadáver, previsto como:
“Praticar com cadáver ou suas cinzas ato de vilipêndio.”
A pena prevista é de 1 a 3 anos de detenção, além de multa.
COMENTÁRIOS